31/12/07
Surfar no Inferno...
Um eterno dualismo. Uma luta de contrários.
O Inferno é uma Onda que vejo da janela de casa nos dias acima de 2 metros. Surfar sempre foi para mim a mais próxima analogia com o conceito de Paraíso, porém é estranho ver como Paraíso e Inferno caminham de forma oposta e simultâneamente tão perto...(em desenvolvimento)
18/11/07
Boicote ao Comercialismo
Soul Surfing contra o comercialismo
O mundo das ondas foi totalmente dominado por um comercialismo que explora a arte de surfar de uma forma onde apenas interessa o dinheiro que é ganho. Quem gosta do cada vez mais crescente crowd, dos campeonatos, das escolas, das roupas "surfing way of life" enfim do circo em surfar se tornou pode continuar a deixar tudo na mesma. Quem por outro lado procura no surfar e nas ondas algo de superior em que nos encontramos com o nosso Eu e com a Natureza pode optar por em prática algumas das acções que abaixo refiro. Cada um saberá a forma como melhor poderá contribuir para que surfar volte a ter um espirito mais puro e livre.
Acções contra o Comercialismo:
· Compra apenas do material exclusivamente necessário para surfar e rejeição de todas necessidades, artificialmente criadas pelas marcas de outros produtos.
· Boicote a campeonatos, através da não participação nos mesmos e se possivel por permanecer na àrea de competição. Que direito tem uma marca de impedir que alguém surfe numa praia?
· Boicote á compra de revistas e filmes que exploram a arte de surfar e a tornam num desporto de massas sob a forma de um produto de consumo.
· Boicote ao surfwear no geral, pois não é a roupa que nos faz bodyboarders ou surfistas, mas sim o espirito que está dentro de cada um. Ao usarmos estas marcas estamos a ser usados como paineis publicitários e ainda estamos a pagar para isso.
· Boicote às escolas de Bodyboard e de surf, pois são apenas uma forma de exploração da ingenuidade e pouca experiência dos seus alunos, que após atinguirem um nível básico logo percebem que não necessitam das referidas escolas para nada.
· Boicote ao wannasurf e a outros sites de divulgação de ondas. Este sites são meramente sites comerciais que vivem da publicidade, ou seja usam a divulgação das ondas como forma de atrair utilizadores e de ganhar dinheiro.
Outras acções poderam ser posta em prática de forma individual e colectiva, deste modo seria interessante a formação de um movimento de corredores de vagas contra o comercialismo com a participação de todos os que têm uma ideia diferente da actual e que desejam ver outro futuro para a magnífica Arte de Surfar. Vida longa ao verdadeiro espírito de surfar...
30/10/07
Ondas de Colchão e Barbatanas
Esta é a resposta visual a todos os fanáticos do desenvolvimento que acham que sem o boom do surf business ninguém podia surfar. Fica aqui a indicação para um filme que descobri no DaShelter.blogspot.com. Tenho a certeza que aqui este amigo se diverte mais com o seu material retrogado do que muitos com o ultimo grito da aquadinâmica aplicada às pranchas.
http://www.youtube.com/watch?v=ljNxUhRQWWM&eurl
http://www.youtube.com/watch?v=ljNxUhRQWWM&eurl
28/09/07
Sobre Ondas e Amizades
Não é o simples facto de surfar que nos torna amigo de alguém, mas sim a sintonia com que olhamos para as ondas... ( em desenvolvimento)
30/08/07
Sobre as Escolas e os Campeonatos
Qualquer iniciativa que vise a exploração comercial e transformação dos "desportos de ondas" em produtos de consumo é sempre questionável, e do meu ponto de vista reprovável. Surfar é algo que não se vende, é algo que não é um produto de consumo, é um prazer que se aprende, mas não se ensina, é uma filosofia de vida e não uma competição medidas em pontos e em número de manobras. Surfar é acima de tudo uma arte de correr Vagas de Mar e como arte que é está mais perto da poesia visual e da dança do que do desporto. As escolas e os campeonatos pouco ou nada têm de lúdico e apenas fazem parte de um negócio que não visa servir alguém, mas sim converter o acto de surfar em algo vendável.
Surfar é algo que não se paga para aprender, mas sim que se transmite com amizade àqueles com os quais nos identificamos. É também algo que se apreende sozinho por sentimento, emoção e vontade de evolução e superação pessoal.
Surfar é algo que não pode ser medido em pontos, e que se deturpa quando é usado como forma de vender algo e de promover comportamentos de consumo.
Surfar é algo que não se paga para aprender, mas sim que se transmite com amizade àqueles com os quais nos identificamos. É também algo que se apreende sozinho por sentimento, emoção e vontade de evolução e superação pessoal.
Surfar é algo que não pode ser medido em pontos, e que se deturpa quando é usado como forma de vender algo e de promover comportamentos de consumo.
19/07/07
Sobre o Antigamente
Agradeço ao L. por estas fotos, não pela qualidade mas pelo que significam.
Muitas vezes se ouve dizer "Antigamente é que era bom...". Não sou demasiado saudosista, talvez seja apenas um pouco nostálgico, mas em termos de surfar tenho que concordar com esta frase.
As fotos acima são de um dia em que surfei sozinho com um amigo, que ainda ficou um bom bocado a fotografar o que me deixou num paraiso privado por quase uma hora. Lembro-me que esse dia foi em 1999 e foi uma das primeiras surfadas que fiz após estar uns tempos valentes numa terra distante.
Gostava que as novas gerações pudessem igualmente sentir o prazer de surfar uma onda sem que isso fosse um exercício de disputa. Neste processo marco o ano de 2000 como o início de toda uma dinâmica negativa de aumento de crowd. Após esta data voltei a estar bastante tempo fora...cada vez que voltava a coisa estava pior e o mau ambiente na àgua era cada vez mais uma constante. Era como observar algo a degradar-se rapidamente pelas mãos de uns quantos que viram no surfar uma forma de se promoverem e de tentar ganhar alguns tostões. Que tristes, nem se deram contam do que destruiram...
21/06/07
Sobre o Verão
Hoje começa o Verão...é a altura ideal para viajar para o Hemisfério Sul onde começa o Inverno. Nunca achei muita graça ao Verão português...
04/05/07
Sobre o Localismo - Parte I
Ser local é muito mais do que viver na praia...Foto: Pedro Ferro
O localismo é essencialmente um reflexo do excesso de exposição mediática de uma onda ou zona, sendo nesta perspectiva ainda uma tentativa de evitar a invasão pelo crowd dessa mesma onda ou zona. Numa outra perspectiva será um acto irracional, violento e totalmente reprovável por parte de um grupo de residentes contra todos os forasteiros. Cada um terá a sua ideia acerca deste fenómeno.
Pessoalmente penso que local é aquele que vivendo ou surfando regularmente uma determinada onda se sente como pertencente a esse lugar, se sente com a responsabilidade de defender aquele espaço, que por ser de todos também é seu. Este direito ou legitimidade vem-lhe do facto de um local ser aquele que nos dias de chuva, de vento, de mar torto ou de faltada está sempre presente e não quem apenas aparece com ar triunfante nos dias clássicos de off-shore. Um local sente o espaço onde surfa como seu e sente igualmente que tem o dever de o preservar contra qualquer situação que de alguma forma possa por em causa toda a involvente fisica e espiritual que circunda as ondas. Um local têm preocupações urbanísticas, ecológicas, ambientais e sociais relacionadas com o lugar onde vive e surfa. É exactamente esta constante presença e sentido de pertença que faz de alguém local, mais do que propriamente o seu elevado, ou não, nivel técnico ao correr uma vaga de mar.
Local é por fim aquele que viajando sabe respeitar os outros locais, adquirindo uma postura não competitiva dentro de água, é aquele que sabe respeitar os outros que nessa zona são locais e que consegue entender que não é correcto disputar ondas nem armar-se em galifão. Local é ainda aquele que rejeita que as ondas que surfa sejam divulgadas nos diversos media e que convida a ir embora aqueles que não sabem respeitar esta opção.
Para acabar local é quem se impõe pela presença constante e pela determinação com que acarinha aquele pedaço de mar que sente como seu e no qual o sal do seu suor se mistura com o sal do mar e das ondas. Nesta perspectiva também eu serei local do lugar onde moro e das ondas nas quais ao longo dos vários anos tenho sido presença constante, ondas essas que fazem irremediável parte da minha vida. Muito mais, de positivo e negativo, haveria para dizer sobre o localismo...
17/03/07
Sobre a Divulgação de Ondas Desconhecidas - Parte I
Dedicado a ti desconhecido que sabes guardar em segredo as ondas que encontrares...
Num mar cada vez mais sobrelotado a preservação algumas ondas desconhecidas é um acto de consciência que nos permite encontrar um ocasional refúgio que se pode partilhar com aqueles com quem realmente gostamos de surfar.
A importância dos chamados "secrets" é cada vez maior para todos os que buscam no surfar um prazer supremo e único, cabendo-lhes por isso a, quase, obrigação de os proteger. Não me refiro à prática constante de um localismo violento e agressivo, mas acima de tudo a uma acção constante e dissuadora que de uma forma efectiva impeça esta divulgação. É realmente triste termos que conviver com pessoas, que estando no mar, têm a constante preocupção em mostrar as suas conquistas e descobertas de modo a poderem ser reconhecidas públicamente. Uma onda não é à partida propriedade privada de ninguém, mas será certo que quem a frequenta regularmente ou vive numa determinada zona deva ver respeitada a sua opção em não divulgar essas mesmas ondas. Esta é uma situação que todos nós devemos respeitar, principalmente no que diz respeito aos "surf media". Ben Severson, um dos pioneiros do Bodyboard e um dos primeiros a surfar Teahupo, hoje afirma que essa foi a última vez que levou um fotografo para surfar uma onda desconhecida.
Agradeço a todos os que ainda mantêm desconhecidas as ondas que surfam e também a todos os outros que sabem respeitar esta opção. A todos os que em posse de um segredo resistem à tentação do divulgar ao mundo. Uma onda é algo que se partilha com alguém que respeitamos e que nos respeita e não uma vulgar coca-cola que se serve num vulgar restaurante de comida rápida barata a todos os que aparecem. Tenho profunda pena de quem não consegue entender este conceito, pois revela a limitação da sua visão das ondas.
Agradeco-te a ti desconhecido por saberes respeitar esta opção e sê sempre bem-vindo...
Num mar cada vez mais sobrelotado a preservação algumas ondas desconhecidas é um acto de consciência que nos permite encontrar um ocasional refúgio que se pode partilhar com aqueles com quem realmente gostamos de surfar.
A importância dos chamados "secrets" é cada vez maior para todos os que buscam no surfar um prazer supremo e único, cabendo-lhes por isso a, quase, obrigação de os proteger. Não me refiro à prática constante de um localismo violento e agressivo, mas acima de tudo a uma acção constante e dissuadora que de uma forma efectiva impeça esta divulgação. É realmente triste termos que conviver com pessoas, que estando no mar, têm a constante preocupção em mostrar as suas conquistas e descobertas de modo a poderem ser reconhecidas públicamente. Uma onda não é à partida propriedade privada de ninguém, mas será certo que quem a frequenta regularmente ou vive numa determinada zona deva ver respeitada a sua opção em não divulgar essas mesmas ondas. Esta é uma situação que todos nós devemos respeitar, principalmente no que diz respeito aos "surf media". Ben Severson, um dos pioneiros do Bodyboard e um dos primeiros a surfar Teahupo, hoje afirma que essa foi a última vez que levou um fotografo para surfar uma onda desconhecida.
Agradeço a todos os que ainda mantêm desconhecidas as ondas que surfam e também a todos os outros que sabem respeitar esta opção. A todos os que em posse de um segredo resistem à tentação do divulgar ao mundo. Uma onda é algo que se partilha com alguém que respeitamos e que nos respeita e não uma vulgar coca-cola que se serve num vulgar restaurante de comida rápida barata a todos os que aparecem. Tenho profunda pena de quem não consegue entender este conceito, pois revela a limitação da sua visão das ondas.
Agradeco-te a ti desconhecido por saberes respeitar esta opção e sê sempre bem-vindo...
26/02/07
Sobre Algumas Críticas ao Altar Mar
Críticas ao Altar Mar: umas construtivas outras meramente destrutivas...
Quando criei estre blog sabia que iria sofrer bastantes críticas. Basicamente estas vêm de dois lados: por um lado do "Surf Busines", por outro de pessoas que foram durante anos "educadas" e condicionadas por esta indústria de forma a terem opiniões que favorecem o florescimento deste negócio.
A principal crítica que me é feita baseia-se no facto de que se não fosse pelas revista e pela indústria ninguém surfava, a começar por mim, logo e segundo esta lógica, não posso criticar pois sem o "magnífico Surf Busines" nada existiria. Visto que o ataque é quase sempre pessoal respondo também pessoalmente que quando comecei a surfar em 89 não havia revistas de BB em Portugal (pelo menos que conhecesse na altura) e que a minha iniciação a esta arte de correr ondas foi feita através de um amigo que tinha uma prancha, bem como através do entusiasmo de ver na praia outras pessoas a surfar. Estas duas situações fizeram-me abandonar o SkimBoard (a minha primeira paixão de praia aos 12/13 anos) e abraçar o BB até hoje. No meu caso pessoal não comecei a surfar devido a nenhuma influência artificial criada pelo "surf Busines", mas sim pelo simples facto de gostar de praia e de mar.
Mesmo quem começou a surfar por influência de uma revista ou afins tem todo o direito de apontar o dedo a situações que considera erradas e só quem não tem sentido crítico não questiona a forma como actualmente esta indústria se aproveita daqueles que partilham uma paixão desinteressada pelas ondas, não respeitando inclusivé os consumidores que a sustentam. Só quem não se sente como fazendo parte integrante da Natureza, daquela praia ou pico onde costuma surfar pode ficar indiferente ao aproveitamento que revistas, fotógrafos e marcas exercem sobre essas ondas sem que retribuam algo em troca. O que fazem as grandes marcas quando uma onda está ameaçada de destruição por uma marina? O que fazem as grandes marcas, que até já estão representadas na Bolsa de Valores, perante os problemas ambientais que nos afectam a todos e também aos seus consumidores? Que retorno dão ás praias, ao mar e ás ondas as revistas que tanto as exploram e expôem aumentando a pressão humana sobre certas zonas com o inevitável aumento de lixos e destruição da paisagem pela constante passagem de carros cheios de "desportistas radicais"? Penso que a resposta é óbvia, e tendo em conta os lucros astronómicos que os visados têm era de esperar algum tipo de retorno ou contribuição verdadeiramente útil e positiva.
Por fim o facto de necessitarmos de fatos e pranchas para surfar, não nos torna lacaios desta indústria, uma vez que não nos é feito favor nenhum visto que pagamos (e bem caro!) por todos os produtos que utilizamos. A indústria necessita mais dos seus consumidores do que os consumidores da indústria. Se não tiver uma prancha nova para surfar, vou ao mar com uma das antigas que tenho guardadas, simultâneamente há muitos anos que deixei de comprar revistas e surfwear...
Espero ter respondido a algumas críticas que me foram feitas.
P.S: Todas as criticas e comentários são bem-vindos e serão publicados, excepto aqueles que sejam ofensivos. Viva a liberdade de expressão!
12/02/07
Sobre as Ondas no Feminino
Ilustração digital sobre foto de Monica Bellucci. Penso que não surfa, e não tenho a certeza que goste de mar, mas é linda...como uma onda.
Ilustração: Homem do Mar
Uma namorada que surfásse fazia parte do meu imaginário de adolescente. Hoje em dia continuo a admirar as mulheres que vão ao mar. Sei que nem todos os homens pensam assim, mas para mim a presença feminina na água é algo que tráz uma nova côr a um ambiente já de si extremamente belo. Deixo este espaço aberto para todas as mulheres que veêm no mar e nas ondas uma fonte de inspiração e que queiram contribuir de forma especial neste blog.
Senhoras deixem aqui o vosso ponto de vista...
07/02/07
Sobre os "SurfMedia" e a sua acção negativa - Parte I
Um exemplo da acção dos Surf Media na California...Portugal irá pelo mesmo caminho.
Existe uma relação directa entre os "SurfMedia" e o aumento do crowd. Cada vez que uma onda ou praia aparece numa revista, filme ou internet aumenta o número de potenciais interessados em surfá-la. Se essa onda for totalmente desconhecida passa a ser cobiçada por todos aqueles que dela tiveram conhecimento, muitas vezes numa tentativa de busca de fama e glória resultado de terem sido os primeiros, ou quase os primeiros a "desvirgindá-la". Se a onda já é conhecida e tem os seus poucos frequentadores habituais torna-se então palco de um conflito de interesses entre aqueles que a surfavam anteriormente à sua exposição pública e os recém chegados, que sem qualquer ligação geográfica ou legitimidade prévia se acham no direito de poder disputar no pico as melhores da série.
Exemplos concretos: a zona onde vivo e surfo é sem dúvida uma das mais desejadas do país e por isso fortemente exposta aos média, o que faz com que ano após ano mais pessoas a tenham como destino principalmente nos dias de vento leste, o resultado é um aumento em espiral do crowd e do mau ambiente dentro de àgua, com uma quantas figuras a querem mandar sobre algo que não têm direito algum, o que acarreta as já conhecidas consequências. Outro exemplo é Paço d'Arcos que até 98 era um secret, onde era possivel surfar ondas cruzadas com o máximo de 5 bodyboarders na àgua. Era quase um sonho, uma onda tão boa e tão perto da marginal passar quase totalmente despercebida. Durante mais de um ano sempre que podia e que as condições eram favoráveis deliciei-me com aquelas rampas magníficas. Porém o sonho acabou quanto na Vert foi publicada a primeira foto deste pico com a legenda "Paço d'Arcos, um pico muito cómodo". Logo após esta publicação, entrou uma ondulação perfeita para esta pequena praia, que nesse dia passou do normal de 5 para 27 bodyboarders na água. Literalmente de um dia para outro este pequeno paraíso tornou-se num grande inferno, com cenas de pancadaria ao melhor nível. Hoje é daqueles sítios que não faço grande questão de surfar...Neste caso concreto o fotógrafo Ricardo Bravo e a revista Vert são directamente os responsáveis, uma vez que de forma totalmente negligente acabaram com mais um local onde era possivel surfar harmoniosamente.
Cada vez que compramos um revista ou um filme, o que estamos a fazer não é mais do que financiar monetáriamente projectos que mais tarde ou mais cedo acabam por nos prejudicar. Quem financia estas iniciativas está no fundo a dar uma autorização aos seus mentores para que voltem a fazer o mesmo que fizeram em Paço d'Arcos. Da próxima vez que um fotógrafo for a vossa terra já sabem o que vem a seguir...(a continuar brevemente)
P.S: neste tópico abro uma excepção e refiro o nome de uma onda, de modo a poder ilustrar e dar sentido ao mesmo. Esta será uma das raras excepções em que tal acontecerá.
09/01/07
Sobre os próximos temas
Deixo aqui uma previsão sobre os próximos temas a introduzir neste blog:
Sobre as minhas últimas três pranchas
Sobre os Gurus, Kangurus e outros Urubus das ondas
Sobre os Campeonatos e as Escolas de Surf, Bodyboard e afins
Até lá estou aberto a todos os tipos de participação e opiniões
Sobre as minhas últimas três pranchas
Sobre os Gurus, Kangurus e outros Urubus das ondas
Sobre os Campeonatos e as Escolas de Surf, Bodyboard e afins
Até lá estou aberto a todos os tipos de participação e opiniões
08/01/07
Sobre as minhas Inspirações
O meio envolvente como influência constante.
O Mar, as ondas perfeitas e os temporais; os raios de sol, no nascer e no final do dia, naquelas duas paisagens mágicas; a Natureza em bruto, as formas rústicas e naturais em que a intervenção humana se dilúi, quase sem marcar presença.
Todas as surfadas em que ninguém quis aparecer e aquelas em que apenas apareceram as pessoas certas.
As experiências mágicas vivida entre 1999 e 2004, em que apesar das limitações tudo fazia mais sentido.
Os amigos que fiz no Mar e todas as viagens com ondas em mente.
Quem me acompanha, hoje e no passado, sabendo entender esta necessidade de ir ao mar...
Toda a Arte que me afasta da realidade e que me faz sonhar com mundos impossiveis.
Os Estatutos Ideológicos da "Companhia de Corredores de Vagas de Mar"- Ass. Ecológica de Surf Livre, a publicar neste Blog brevemente.
O livro "Tao Te King" (O Livro da Via e da Virtude) de Lao Tze por tudo o que lá está escrito
As músicas de Cat Stevens pelas mensagens de sabedoria.
O livro "Assim Falava Zaratustra" de Nietsche pelo sentido de superação pessoal.
O Livro "No Principio Estava o Mar" de Gonçalo Cadilhe pela nostalgia e pureza de espírito.
O Mar, as ondas perfeitas e os temporais; os raios de sol, no nascer e no final do dia, naquelas duas paisagens mágicas; a Natureza em bruto, as formas rústicas e naturais em que a intervenção humana se dilúi, quase sem marcar presença.
Todas as surfadas em que ninguém quis aparecer e aquelas em que apenas apareceram as pessoas certas.
As experiências mágicas vivida entre 1999 e 2004, em que apesar das limitações tudo fazia mais sentido.
Os amigos que fiz no Mar e todas as viagens com ondas em mente.
Quem me acompanha, hoje e no passado, sabendo entender esta necessidade de ir ao mar...
Toda a Arte que me afasta da realidade e que me faz sonhar com mundos impossiveis.
Os Estatutos Ideológicos da "Companhia de Corredores de Vagas de Mar"- Ass. Ecológica de Surf Livre, a publicar neste Blog brevemente.
O livro "Tao Te King" (O Livro da Via e da Virtude) de Lao Tze por tudo o que lá está escrito
As músicas de Cat Stevens pelas mensagens de sabedoria.
O livro "Assim Falava Zaratustra" de Nietsche pelo sentido de superação pessoal.
O Livro "No Principio Estava o Mar" de Gonçalo Cadilhe pela nostalgia e pureza de espírito.
06/01/07
Sobre a Indústria (do surf, bodyboard e similares)
O conflito entre a Indústria e a Natureza também presente no mundo das ondas.
Toda a Indústria têm a infeliz tendência para explorar até à exaustão o meio do qual depende. O conceito de Desenvolvimento Sustentável está ainda longe de ser uma realidade no meio dos "desportos de ondas" e o aumento em espiral de praticantes compromete diáriamente a qualidade de vida de todos aqueles que vêm as ondas como um supremo prémio após um dia ou semana de trabalho.
O prazer lúdico de surfar, que teve a sua origem nos antigos reis polinésios e que era entendido como algo de quase sagrado, tornou-se na modernidade num desporto e mais recentemente num "desporto radical" vocacionado para o espectáculo com a intenção de atrair cada vez mais público de forma a que este, por sua vez se torne consumidor dos diversos produtos comercializados pelas diversas marcas que compõem esta indústria. Nesta realidade o prazer de correr vagas de mar está actualmente quase refém desta indústria, que se impõe de uma forma agressiva dirigindo e condicionando o modo de pensar e actuar das novas gerações, e mesmo até dos não já tão novos que nunca tiverem a coragem ou lucidez para serem iguais a si próprios e desvincularem-se das suas directivas e manipulações.
O acto de surfar, independentemente da sua forma, tende a tornar-se hoje em dia num mero objecto de consumo que serve para se vender a si próprio (vende pranchas, fatos, roupas e até acessórios inúteis), bem como para vender produtos totalmente exteriores a actividade (desodorizantes, sabonetes, carros etc). Actualmente o ostentar o símbolo ou a marca é tão ou mais importante do que o correr uma onda...
Esta auto-proclamada indústria, e tal como outra qualquer, tem apenas como principal objectivo vender e facturar, utilizando para tal todas as estratégias de Marketing e Publicidade ao seu alcance. Em termos de Publicidade a indústria usa os seus consumidores como suportes publicitários que gratuitamente promovem os seus logotipos e simbolos, constantemente estampados em todos os produtos. Nos anos 90 o "surfwear" era composto por motivos e imagem de ondas a serem surfadas, hoje a maior parte desta roupa limita-se a apresentar um logotipo da forma mais visível possivel, de forma a que possa ser visto pelo maior número de pessoas, que são utilizadas como suportes de publicidade grátis. Pessoalmente não me sinto bem em ser usado desta forma e por isso não consumo estas modas, que são lançadas e impostas para nos fazer pensar que também fazemos parte do "grupo". Inserido nos seus planos de Marketing a indústria lança constantemente no mercado novos produtos, novas pranchas e novos fatos, de forma a manter e aumentar o seu nível de vendas. Muitos dos produtos lançados e entendidos como fruto da investigação e desenvolvimento, não passam de meros objectos de consumo que apenas tem a "vantagem" de se apresentarem como novidade, não trazendo nenhum benefício real para o consumidor e muito menos para a comunidade.
Um exemplo concreto: No final da década de 90 os tails das pranchas de bodyboard mudaram significativamente de formato, introduzindo-se o "Bat-Tail" (arredondado com pequenos ângulos dos lados), o qual na realidade e de uma forma geral funciona bem em todo o tipo de ondas. Tornou-se assim obsoleto o tradicional "Tail" Crescente, passando as grandes marcas e os competidores a apostar neste novo design pelo seu bom desempenho e caracteristicas inovadoras. Hoje em dia, e passados alguns sem inovações significativas que pudessem criar novas expectativas nos consumidores, voltaram a introduzir o tal "Tail" Crescente original, afirmando que afinal este design permite um melhor desempenho em ondas grandes e buraco...afinal era obsoleto, mas agora já tem utilidade?!? Existem inúmeros casos idênticos a este no surf e basta estar por cá à alguns anos com alguma atenção para ver as voltas e estratégias que a indústria usa para animar o mercado e fazer aquilo que lhes interessa: vender, vender e vender.
Um outro assunto é o do retorno social que a industria deveria dar ao meio e à comunidade que a sustenta. Este retorno na realidade é nulo ou quase nulo face aos lucros desta indústria, uma vez que se limita a:
1) introduzir novos produtos no mercado, sem os quais não poderia continuar a ganhar dinheiro, pelo que este factor não pode ser entendido como retorno social para com a comunidade, mas antes como a forma desta indústria encontrar a sua sustentabilidade e viabilidade económica.
2) promover campeonatos, que mais do que provas desportivas são acima de tudo eventos promocionais e publicitários dos diversos participantes e seus patrocinadores.
Quando me refiro a retorno social, refiro-me a algo que a indústria faça regularmente para benefeciar a comunidade que a sustenta (financiar sistemas de tratamento de esgotos para despoluir as praias, apostar no desenvolvimento de fundos artificiais que permitam criar novas ondas de qualidade e assim diminuir a pressão e concentração do crowd). Sinceramente não me consigo lembrar de nenhuma iniciativa altruista e desinteressada desenvolvida por uma grande marca em prol do praticante anónimo que é a base de todo este negócio, uma vez que é quem compra os produtos. Lembro-me, isso sim, do retorno dado aos patrocinados das marcas e até de alguns vendedores que vão passear pelo mundo e surfar as melhores ondas do planeta à custa dos milhões que alguém lhes entrega só para ter uns calções iguais, ou quase iguais, ao campeão do mundo...e lembro-me também dos bons carros em que andam, o que espelha bem os lucros do negócio.
Deixo aqui uma pergunta: Que iniciativas realmente úteis, visiveis e empenhadas foram desenvolvidas pelas grandes marcas internacionais representadas em Portugal de forma a pressionar, sensibilizar ou a dissuadir o Governo Regional da Madeira relativamente à construção das inúmeras infraestruturas que destruiram ou diminuiram a qualidade de várias ondas conhecidas naquela Região?
O Problema e a Solução: Uma vez que a indústria tomou para si algo que não é seu sem qualquer tipo de retorno verdadeiro, cabe a todos os apaixonados pelas ondas tomá-las de volta. Para tal basta retirar força a esta indústria reduzindo-lhe os lucros e importância de uma forma muito simples: compar apenas o material estritamente necessário para surfar.
Toda a Indústria têm a infeliz tendência para explorar até à exaustão o meio do qual depende. O conceito de Desenvolvimento Sustentável está ainda longe de ser uma realidade no meio dos "desportos de ondas" e o aumento em espiral de praticantes compromete diáriamente a qualidade de vida de todos aqueles que vêm as ondas como um supremo prémio após um dia ou semana de trabalho.
O prazer lúdico de surfar, que teve a sua origem nos antigos reis polinésios e que era entendido como algo de quase sagrado, tornou-se na modernidade num desporto e mais recentemente num "desporto radical" vocacionado para o espectáculo com a intenção de atrair cada vez mais público de forma a que este, por sua vez se torne consumidor dos diversos produtos comercializados pelas diversas marcas que compõem esta indústria. Nesta realidade o prazer de correr vagas de mar está actualmente quase refém desta indústria, que se impõe de uma forma agressiva dirigindo e condicionando o modo de pensar e actuar das novas gerações, e mesmo até dos não já tão novos que nunca tiverem a coragem ou lucidez para serem iguais a si próprios e desvincularem-se das suas directivas e manipulações.
O acto de surfar, independentemente da sua forma, tende a tornar-se hoje em dia num mero objecto de consumo que serve para se vender a si próprio (vende pranchas, fatos, roupas e até acessórios inúteis), bem como para vender produtos totalmente exteriores a actividade (desodorizantes, sabonetes, carros etc). Actualmente o ostentar o símbolo ou a marca é tão ou mais importante do que o correr uma onda...
Esta auto-proclamada indústria, e tal como outra qualquer, tem apenas como principal objectivo vender e facturar, utilizando para tal todas as estratégias de Marketing e Publicidade ao seu alcance. Em termos de Publicidade a indústria usa os seus consumidores como suportes publicitários que gratuitamente promovem os seus logotipos e simbolos, constantemente estampados em todos os produtos. Nos anos 90 o "surfwear" era composto por motivos e imagem de ondas a serem surfadas, hoje a maior parte desta roupa limita-se a apresentar um logotipo da forma mais visível possivel, de forma a que possa ser visto pelo maior número de pessoas, que são utilizadas como suportes de publicidade grátis. Pessoalmente não me sinto bem em ser usado desta forma e por isso não consumo estas modas, que são lançadas e impostas para nos fazer pensar que também fazemos parte do "grupo". Inserido nos seus planos de Marketing a indústria lança constantemente no mercado novos produtos, novas pranchas e novos fatos, de forma a manter e aumentar o seu nível de vendas. Muitos dos produtos lançados e entendidos como fruto da investigação e desenvolvimento, não passam de meros objectos de consumo que apenas tem a "vantagem" de se apresentarem como novidade, não trazendo nenhum benefício real para o consumidor e muito menos para a comunidade.
Um exemplo concreto: No final da década de 90 os tails das pranchas de bodyboard mudaram significativamente de formato, introduzindo-se o "Bat-Tail" (arredondado com pequenos ângulos dos lados), o qual na realidade e de uma forma geral funciona bem em todo o tipo de ondas. Tornou-se assim obsoleto o tradicional "Tail" Crescente, passando as grandes marcas e os competidores a apostar neste novo design pelo seu bom desempenho e caracteristicas inovadoras. Hoje em dia, e passados alguns sem inovações significativas que pudessem criar novas expectativas nos consumidores, voltaram a introduzir o tal "Tail" Crescente original, afirmando que afinal este design permite um melhor desempenho em ondas grandes e buraco...afinal era obsoleto, mas agora já tem utilidade?!? Existem inúmeros casos idênticos a este no surf e basta estar por cá à alguns anos com alguma atenção para ver as voltas e estratégias que a indústria usa para animar o mercado e fazer aquilo que lhes interessa: vender, vender e vender.
Um outro assunto é o do retorno social que a industria deveria dar ao meio e à comunidade que a sustenta. Este retorno na realidade é nulo ou quase nulo face aos lucros desta indústria, uma vez que se limita a:
1) introduzir novos produtos no mercado, sem os quais não poderia continuar a ganhar dinheiro, pelo que este factor não pode ser entendido como retorno social para com a comunidade, mas antes como a forma desta indústria encontrar a sua sustentabilidade e viabilidade económica.
2) promover campeonatos, que mais do que provas desportivas são acima de tudo eventos promocionais e publicitários dos diversos participantes e seus patrocinadores.
Quando me refiro a retorno social, refiro-me a algo que a indústria faça regularmente para benefeciar a comunidade que a sustenta (financiar sistemas de tratamento de esgotos para despoluir as praias, apostar no desenvolvimento de fundos artificiais que permitam criar novas ondas de qualidade e assim diminuir a pressão e concentração do crowd). Sinceramente não me consigo lembrar de nenhuma iniciativa altruista e desinteressada desenvolvida por uma grande marca em prol do praticante anónimo que é a base de todo este negócio, uma vez que é quem compra os produtos. Lembro-me, isso sim, do retorno dado aos patrocinados das marcas e até de alguns vendedores que vão passear pelo mundo e surfar as melhores ondas do planeta à custa dos milhões que alguém lhes entrega só para ter uns calções iguais, ou quase iguais, ao campeão do mundo...e lembro-me também dos bons carros em que andam, o que espelha bem os lucros do negócio.
Deixo aqui uma pergunta: Que iniciativas realmente úteis, visiveis e empenhadas foram desenvolvidas pelas grandes marcas internacionais representadas em Portugal de forma a pressionar, sensibilizar ou a dissuadir o Governo Regional da Madeira relativamente à construção das inúmeras infraestruturas que destruiram ou diminuiram a qualidade de várias ondas conhecidas naquela Região?
O Problema e a Solução: Uma vez que a indústria tomou para si algo que não é seu sem qualquer tipo de retorno verdadeiro, cabe a todos os apaixonados pelas ondas tomá-las de volta. Para tal basta retirar força a esta indústria reduzindo-lhe os lucros e importância de uma forma muito simples: compar apenas o material estritamente necessário para surfar.
Sobre o Altar Mar
O Altar Mar tem como objectivo contribuir para a criação de uma nova mentalidade e forma de olhar para o mar, e em especial para as ondas e actividades lúdicas com estas relacionadas (bodyboard, surf, kneeboard...)
Este Blog é espaço aberto a todos os que olham para as ondas como algo de mágico e especial, onde cada um pode encontrar a mais pura forma de felicidade e de harmonia com a Natureza.
Pretende-se, igualmente, ajudar a desenvolver uma nova mentalidade que se opõe a actual lógica meramente comercial, financeira e "desportiva" que tende a reduzir as ondas e actividades relacionadas, a meros espectáculos de massas que visam única e exclusivamente aumentar os lucros da "indústria dos desportos radicais" e deste modo desvincular o puro acto de surfar de todas e quaisquer influências e pressões que nada têm que ver com o conceito de "Soul Surfing". Desta forma pretende-se recuperar o conceito de "Soul Surfing" na sua forma mais original, tendo este apenas como preocupação a busca incessante de ondas perfeitas com o objectivo de preencher uma vida com memórias inesqueciveis de dias quase impossiveis de serem reais.
O Altar Mar tem como orientações fundamentais: -Nunca revelar nomes, localização ou outros elementos que possam servir para identificar qualquer onda, seja esta conhecida ou ainda totalmente desconhecida.
- Fomentar uma nova mentalidade não-comercial relativamente ao mar e às ondas.
- Servir de espaço de debate e opinião sobre assuntos relacionados com o seu tema e dentro do espirito definido.
- Entender as ondas e os locais onde estas rebentam como um património natural e ajudar na sua prevervação contra todas as iniciativas que possam de alguma forma destruir ou diminuir a sua qualidade.
- Denunciar e alertar para todo o tipo de actividades e situações que possam desvirtuar ou submeter as ondas e o acto de surfar a qualquer interesse comercial ou financeiro.
Este Blog é espaço aberto a todos os que olham para as ondas como algo de mágico e especial, onde cada um pode encontrar a mais pura forma de felicidade e de harmonia com a Natureza.
Pretende-se, igualmente, ajudar a desenvolver uma nova mentalidade que se opõe a actual lógica meramente comercial, financeira e "desportiva" que tende a reduzir as ondas e actividades relacionadas, a meros espectáculos de massas que visam única e exclusivamente aumentar os lucros da "indústria dos desportos radicais" e deste modo desvincular o puro acto de surfar de todas e quaisquer influências e pressões que nada têm que ver com o conceito de "Soul Surfing". Desta forma pretende-se recuperar o conceito de "Soul Surfing" na sua forma mais original, tendo este apenas como preocupação a busca incessante de ondas perfeitas com o objectivo de preencher uma vida com memórias inesqueciveis de dias quase impossiveis de serem reais.
O Altar Mar tem como orientações fundamentais:
- Fomentar uma nova mentalidade não-comercial relativamente ao mar e às ondas.
- Servir de espaço de debate e opinião sobre assuntos relacionados com o seu tema e dentro do espirito definido.
- Entender as ondas e os locais onde estas rebentam como um património natural e ajudar na sua prevervação contra todas as iniciativas que possam de alguma forma destruir ou diminuir a sua qualidade.
- Denunciar e alertar para todo o tipo de actividades e situações que possam desvirtuar ou submeter as ondas e o acto de surfar a qualquer interesse comercial ou financeiro.
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