Deixo aqui uma previsão sobre os próximos temas a introduzir neste blog:
Sobre as minhas últimas três pranchas
Sobre os Gurus, Kangurus e outros Urubus das ondas
Sobre os Campeonatos e as Escolas de Surf, Bodyboard e afins
Até lá estou aberto a todos os tipos de participação e opiniões
09/01/07
08/01/07
Sobre as minhas Inspirações
O meio envolvente como influência constante.
O Mar, as ondas perfeitas e os temporais; os raios de sol, no nascer e no final do dia, naquelas duas paisagens mágicas; a Natureza em bruto, as formas rústicas e naturais em que a intervenção humana se dilúi, quase sem marcar presença.
Todas as surfadas em que ninguém quis aparecer e aquelas em que apenas apareceram as pessoas certas.
As experiências mágicas vivida entre 1999 e 2004, em que apesar das limitações tudo fazia mais sentido.
Os amigos que fiz no Mar e todas as viagens com ondas em mente.
Quem me acompanha, hoje e no passado, sabendo entender esta necessidade de ir ao mar...
Toda a Arte que me afasta da realidade e que me faz sonhar com mundos impossiveis.
Os Estatutos Ideológicos da "Companhia de Corredores de Vagas de Mar"- Ass. Ecológica de Surf Livre, a publicar neste Blog brevemente.
O livro "Tao Te King" (O Livro da Via e da Virtude) de Lao Tze por tudo o que lá está escrito
As músicas de Cat Stevens pelas mensagens de sabedoria.
O livro "Assim Falava Zaratustra" de Nietsche pelo sentido de superação pessoal.
O Livro "No Principio Estava o Mar" de Gonçalo Cadilhe pela nostalgia e pureza de espírito.
O Mar, as ondas perfeitas e os temporais; os raios de sol, no nascer e no final do dia, naquelas duas paisagens mágicas; a Natureza em bruto, as formas rústicas e naturais em que a intervenção humana se dilúi, quase sem marcar presença.
Todas as surfadas em que ninguém quis aparecer e aquelas em que apenas apareceram as pessoas certas.
As experiências mágicas vivida entre 1999 e 2004, em que apesar das limitações tudo fazia mais sentido.
Os amigos que fiz no Mar e todas as viagens com ondas em mente.
Quem me acompanha, hoje e no passado, sabendo entender esta necessidade de ir ao mar...
Toda a Arte que me afasta da realidade e que me faz sonhar com mundos impossiveis.
Os Estatutos Ideológicos da "Companhia de Corredores de Vagas de Mar"- Ass. Ecológica de Surf Livre, a publicar neste Blog brevemente.
O livro "Tao Te King" (O Livro da Via e da Virtude) de Lao Tze por tudo o que lá está escrito
As músicas de Cat Stevens pelas mensagens de sabedoria.
O livro "Assim Falava Zaratustra" de Nietsche pelo sentido de superação pessoal.
O Livro "No Principio Estava o Mar" de Gonçalo Cadilhe pela nostalgia e pureza de espírito.
06/01/07
Sobre a Indústria (do surf, bodyboard e similares)
O conflito entre a Indústria e a Natureza também presente no mundo das ondas.
Toda a Indústria têm a infeliz tendência para explorar até à exaustão o meio do qual depende. O conceito de Desenvolvimento Sustentável está ainda longe de ser uma realidade no meio dos "desportos de ondas" e o aumento em espiral de praticantes compromete diáriamente a qualidade de vida de todos aqueles que vêm as ondas como um supremo prémio após um dia ou semana de trabalho.
O prazer lúdico de surfar, que teve a sua origem nos antigos reis polinésios e que era entendido como algo de quase sagrado, tornou-se na modernidade num desporto e mais recentemente num "desporto radical" vocacionado para o espectáculo com a intenção de atrair cada vez mais público de forma a que este, por sua vez se torne consumidor dos diversos produtos comercializados pelas diversas marcas que compõem esta indústria. Nesta realidade o prazer de correr vagas de mar está actualmente quase refém desta indústria, que se impõe de uma forma agressiva dirigindo e condicionando o modo de pensar e actuar das novas gerações, e mesmo até dos não já tão novos que nunca tiverem a coragem ou lucidez para serem iguais a si próprios e desvincularem-se das suas directivas e manipulações.
O acto de surfar, independentemente da sua forma, tende a tornar-se hoje em dia num mero objecto de consumo que serve para se vender a si próprio (vende pranchas, fatos, roupas e até acessórios inúteis), bem como para vender produtos totalmente exteriores a actividade (desodorizantes, sabonetes, carros etc). Actualmente o ostentar o símbolo ou a marca é tão ou mais importante do que o correr uma onda...
Esta auto-proclamada indústria, e tal como outra qualquer, tem apenas como principal objectivo vender e facturar, utilizando para tal todas as estratégias de Marketing e Publicidade ao seu alcance. Em termos de Publicidade a indústria usa os seus consumidores como suportes publicitários que gratuitamente promovem os seus logotipos e simbolos, constantemente estampados em todos os produtos. Nos anos 90 o "surfwear" era composto por motivos e imagem de ondas a serem surfadas, hoje a maior parte desta roupa limita-se a apresentar um logotipo da forma mais visível possivel, de forma a que possa ser visto pelo maior número de pessoas, que são utilizadas como suportes de publicidade grátis. Pessoalmente não me sinto bem em ser usado desta forma e por isso não consumo estas modas, que são lançadas e impostas para nos fazer pensar que também fazemos parte do "grupo". Inserido nos seus planos de Marketing a indústria lança constantemente no mercado novos produtos, novas pranchas e novos fatos, de forma a manter e aumentar o seu nível de vendas. Muitos dos produtos lançados e entendidos como fruto da investigação e desenvolvimento, não passam de meros objectos de consumo que apenas tem a "vantagem" de se apresentarem como novidade, não trazendo nenhum benefício real para o consumidor e muito menos para a comunidade.
Um exemplo concreto: No final da década de 90 os tails das pranchas de bodyboard mudaram significativamente de formato, introduzindo-se o "Bat-Tail" (arredondado com pequenos ângulos dos lados), o qual na realidade e de uma forma geral funciona bem em todo o tipo de ondas. Tornou-se assim obsoleto o tradicional "Tail" Crescente, passando as grandes marcas e os competidores a apostar neste novo design pelo seu bom desempenho e caracteristicas inovadoras. Hoje em dia, e passados alguns sem inovações significativas que pudessem criar novas expectativas nos consumidores, voltaram a introduzir o tal "Tail" Crescente original, afirmando que afinal este design permite um melhor desempenho em ondas grandes e buraco...afinal era obsoleto, mas agora já tem utilidade?!? Existem inúmeros casos idênticos a este no surf e basta estar por cá à alguns anos com alguma atenção para ver as voltas e estratégias que a indústria usa para animar o mercado e fazer aquilo que lhes interessa: vender, vender e vender.
Um outro assunto é o do retorno social que a industria deveria dar ao meio e à comunidade que a sustenta. Este retorno na realidade é nulo ou quase nulo face aos lucros desta indústria, uma vez que se limita a:
1) introduzir novos produtos no mercado, sem os quais não poderia continuar a ganhar dinheiro, pelo que este factor não pode ser entendido como retorno social para com a comunidade, mas antes como a forma desta indústria encontrar a sua sustentabilidade e viabilidade económica.
2) promover campeonatos, que mais do que provas desportivas são acima de tudo eventos promocionais e publicitários dos diversos participantes e seus patrocinadores.
Quando me refiro a retorno social, refiro-me a algo que a indústria faça regularmente para benefeciar a comunidade que a sustenta (financiar sistemas de tratamento de esgotos para despoluir as praias, apostar no desenvolvimento de fundos artificiais que permitam criar novas ondas de qualidade e assim diminuir a pressão e concentração do crowd). Sinceramente não me consigo lembrar de nenhuma iniciativa altruista e desinteressada desenvolvida por uma grande marca em prol do praticante anónimo que é a base de todo este negócio, uma vez que é quem compra os produtos. Lembro-me, isso sim, do retorno dado aos patrocinados das marcas e até de alguns vendedores que vão passear pelo mundo e surfar as melhores ondas do planeta à custa dos milhões que alguém lhes entrega só para ter uns calções iguais, ou quase iguais, ao campeão do mundo...e lembro-me também dos bons carros em que andam, o que espelha bem os lucros do negócio.
Deixo aqui uma pergunta: Que iniciativas realmente úteis, visiveis e empenhadas foram desenvolvidas pelas grandes marcas internacionais representadas em Portugal de forma a pressionar, sensibilizar ou a dissuadir o Governo Regional da Madeira relativamente à construção das inúmeras infraestruturas que destruiram ou diminuiram a qualidade de várias ondas conhecidas naquela Região?
O Problema e a Solução: Uma vez que a indústria tomou para si algo que não é seu sem qualquer tipo de retorno verdadeiro, cabe a todos os apaixonados pelas ondas tomá-las de volta. Para tal basta retirar força a esta indústria reduzindo-lhe os lucros e importância de uma forma muito simples: compar apenas o material estritamente necessário para surfar.
Toda a Indústria têm a infeliz tendência para explorar até à exaustão o meio do qual depende. O conceito de Desenvolvimento Sustentável está ainda longe de ser uma realidade no meio dos "desportos de ondas" e o aumento em espiral de praticantes compromete diáriamente a qualidade de vida de todos aqueles que vêm as ondas como um supremo prémio após um dia ou semana de trabalho.
O prazer lúdico de surfar, que teve a sua origem nos antigos reis polinésios e que era entendido como algo de quase sagrado, tornou-se na modernidade num desporto e mais recentemente num "desporto radical" vocacionado para o espectáculo com a intenção de atrair cada vez mais público de forma a que este, por sua vez se torne consumidor dos diversos produtos comercializados pelas diversas marcas que compõem esta indústria. Nesta realidade o prazer de correr vagas de mar está actualmente quase refém desta indústria, que se impõe de uma forma agressiva dirigindo e condicionando o modo de pensar e actuar das novas gerações, e mesmo até dos não já tão novos que nunca tiverem a coragem ou lucidez para serem iguais a si próprios e desvincularem-se das suas directivas e manipulações.
O acto de surfar, independentemente da sua forma, tende a tornar-se hoje em dia num mero objecto de consumo que serve para se vender a si próprio (vende pranchas, fatos, roupas e até acessórios inúteis), bem como para vender produtos totalmente exteriores a actividade (desodorizantes, sabonetes, carros etc). Actualmente o ostentar o símbolo ou a marca é tão ou mais importante do que o correr uma onda...
Esta auto-proclamada indústria, e tal como outra qualquer, tem apenas como principal objectivo vender e facturar, utilizando para tal todas as estratégias de Marketing e Publicidade ao seu alcance. Em termos de Publicidade a indústria usa os seus consumidores como suportes publicitários que gratuitamente promovem os seus logotipos e simbolos, constantemente estampados em todos os produtos. Nos anos 90 o "surfwear" era composto por motivos e imagem de ondas a serem surfadas, hoje a maior parte desta roupa limita-se a apresentar um logotipo da forma mais visível possivel, de forma a que possa ser visto pelo maior número de pessoas, que são utilizadas como suportes de publicidade grátis. Pessoalmente não me sinto bem em ser usado desta forma e por isso não consumo estas modas, que são lançadas e impostas para nos fazer pensar que também fazemos parte do "grupo". Inserido nos seus planos de Marketing a indústria lança constantemente no mercado novos produtos, novas pranchas e novos fatos, de forma a manter e aumentar o seu nível de vendas. Muitos dos produtos lançados e entendidos como fruto da investigação e desenvolvimento, não passam de meros objectos de consumo que apenas tem a "vantagem" de se apresentarem como novidade, não trazendo nenhum benefício real para o consumidor e muito menos para a comunidade.
Um exemplo concreto: No final da década de 90 os tails das pranchas de bodyboard mudaram significativamente de formato, introduzindo-se o "Bat-Tail" (arredondado com pequenos ângulos dos lados), o qual na realidade e de uma forma geral funciona bem em todo o tipo de ondas. Tornou-se assim obsoleto o tradicional "Tail" Crescente, passando as grandes marcas e os competidores a apostar neste novo design pelo seu bom desempenho e caracteristicas inovadoras. Hoje em dia, e passados alguns sem inovações significativas que pudessem criar novas expectativas nos consumidores, voltaram a introduzir o tal "Tail" Crescente original, afirmando que afinal este design permite um melhor desempenho em ondas grandes e buraco...afinal era obsoleto, mas agora já tem utilidade?!? Existem inúmeros casos idênticos a este no surf e basta estar por cá à alguns anos com alguma atenção para ver as voltas e estratégias que a indústria usa para animar o mercado e fazer aquilo que lhes interessa: vender, vender e vender.
Um outro assunto é o do retorno social que a industria deveria dar ao meio e à comunidade que a sustenta. Este retorno na realidade é nulo ou quase nulo face aos lucros desta indústria, uma vez que se limita a:
1) introduzir novos produtos no mercado, sem os quais não poderia continuar a ganhar dinheiro, pelo que este factor não pode ser entendido como retorno social para com a comunidade, mas antes como a forma desta indústria encontrar a sua sustentabilidade e viabilidade económica.
2) promover campeonatos, que mais do que provas desportivas são acima de tudo eventos promocionais e publicitários dos diversos participantes e seus patrocinadores.
Quando me refiro a retorno social, refiro-me a algo que a indústria faça regularmente para benefeciar a comunidade que a sustenta (financiar sistemas de tratamento de esgotos para despoluir as praias, apostar no desenvolvimento de fundos artificiais que permitam criar novas ondas de qualidade e assim diminuir a pressão e concentração do crowd). Sinceramente não me consigo lembrar de nenhuma iniciativa altruista e desinteressada desenvolvida por uma grande marca em prol do praticante anónimo que é a base de todo este negócio, uma vez que é quem compra os produtos. Lembro-me, isso sim, do retorno dado aos patrocinados das marcas e até de alguns vendedores que vão passear pelo mundo e surfar as melhores ondas do planeta à custa dos milhões que alguém lhes entrega só para ter uns calções iguais, ou quase iguais, ao campeão do mundo...e lembro-me também dos bons carros em que andam, o que espelha bem os lucros do negócio.
Deixo aqui uma pergunta: Que iniciativas realmente úteis, visiveis e empenhadas foram desenvolvidas pelas grandes marcas internacionais representadas em Portugal de forma a pressionar, sensibilizar ou a dissuadir o Governo Regional da Madeira relativamente à construção das inúmeras infraestruturas que destruiram ou diminuiram a qualidade de várias ondas conhecidas naquela Região?
O Problema e a Solução: Uma vez que a indústria tomou para si algo que não é seu sem qualquer tipo de retorno verdadeiro, cabe a todos os apaixonados pelas ondas tomá-las de volta. Para tal basta retirar força a esta indústria reduzindo-lhe os lucros e importância de uma forma muito simples: compar apenas o material estritamente necessário para surfar.
Sobre o Altar Mar
O Altar Mar tem como objectivo contribuir para a criação de uma nova mentalidade e forma de olhar para o mar, e em especial para as ondas e actividades lúdicas com estas relacionadas (bodyboard, surf, kneeboard...)
Este Blog é espaço aberto a todos os que olham para as ondas como algo de mágico e especial, onde cada um pode encontrar a mais pura forma de felicidade e de harmonia com a Natureza.
Pretende-se, igualmente, ajudar a desenvolver uma nova mentalidade que se opõe a actual lógica meramente comercial, financeira e "desportiva" que tende a reduzir as ondas e actividades relacionadas, a meros espectáculos de massas que visam única e exclusivamente aumentar os lucros da "indústria dos desportos radicais" e deste modo desvincular o puro acto de surfar de todas e quaisquer influências e pressões que nada têm que ver com o conceito de "Soul Surfing". Desta forma pretende-se recuperar o conceito de "Soul Surfing" na sua forma mais original, tendo este apenas como preocupação a busca incessante de ondas perfeitas com o objectivo de preencher uma vida com memórias inesqueciveis de dias quase impossiveis de serem reais.
O Altar Mar tem como orientações fundamentais: -Nunca revelar nomes, localização ou outros elementos que possam servir para identificar qualquer onda, seja esta conhecida ou ainda totalmente desconhecida.
- Fomentar uma nova mentalidade não-comercial relativamente ao mar e às ondas.
- Servir de espaço de debate e opinião sobre assuntos relacionados com o seu tema e dentro do espirito definido.
- Entender as ondas e os locais onde estas rebentam como um património natural e ajudar na sua prevervação contra todas as iniciativas que possam de alguma forma destruir ou diminuir a sua qualidade.
- Denunciar e alertar para todo o tipo de actividades e situações que possam desvirtuar ou submeter as ondas e o acto de surfar a qualquer interesse comercial ou financeiro.
Este Blog é espaço aberto a todos os que olham para as ondas como algo de mágico e especial, onde cada um pode encontrar a mais pura forma de felicidade e de harmonia com a Natureza.
Pretende-se, igualmente, ajudar a desenvolver uma nova mentalidade que se opõe a actual lógica meramente comercial, financeira e "desportiva" que tende a reduzir as ondas e actividades relacionadas, a meros espectáculos de massas que visam única e exclusivamente aumentar os lucros da "indústria dos desportos radicais" e deste modo desvincular o puro acto de surfar de todas e quaisquer influências e pressões que nada têm que ver com o conceito de "Soul Surfing". Desta forma pretende-se recuperar o conceito de "Soul Surfing" na sua forma mais original, tendo este apenas como preocupação a busca incessante de ondas perfeitas com o objectivo de preencher uma vida com memórias inesqueciveis de dias quase impossiveis de serem reais.
O Altar Mar tem como orientações fundamentais:
- Fomentar uma nova mentalidade não-comercial relativamente ao mar e às ondas.
- Servir de espaço de debate e opinião sobre assuntos relacionados com o seu tema e dentro do espirito definido.
- Entender as ondas e os locais onde estas rebentam como um património natural e ajudar na sua prevervação contra todas as iniciativas que possam de alguma forma destruir ou diminuir a sua qualidade.
- Denunciar e alertar para todo o tipo de actividades e situações que possam desvirtuar ou submeter as ondas e o acto de surfar a qualquer interesse comercial ou financeiro.
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