23/11/08

O Culto do Olho Místico - Parte I (Introdução)

O Olho Místico é algo que apenas pode ser visto e sentido por aqueles que o procuram. Não podendo ser captado em imagens só pode ser representado em desenhos ou pinturas.

O Olho Místico é algo que não pode ser captado em imagens e apenas pode ser observado ou sentido em determinado tipo de ondas, em determinadas localizações geográficas ou circunstâncias específicas. O Olho Místico, enquanto forma de energia, apenas pode ser observado ou sentido na sua totalidade por aqueles que se entregam à arte de correr Vagas de Mar na sua forma mais pura.

Os mais cépticos negarão a existencia desta forma de energia, outros tenderão em confundi-la com simples adrenalina ou outra descarga química produzida pelo corpo humano. Na realidade o Olho Mísico é algo que provoca um "estado de consciência alterado" que pode variar de acordo com cada pessoa.

Ao longo do seu percurso um praticante avançado da vertente Soul desenvolve a capacidade de encontrar e de se fundir com esta energia de uma forma mais espitual do que física, ao mesmo tempo que aprende a capacidade de viajar no tempo. Esta capacidade é adquirida através de extremo esforço físico e psicológico, aliado a coragem e sacrifício pessoal.

5 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns pelo blog...
quem não te conhece não sabe o quanto estas a ser coerente com o que publicas e comentas.
Por vezes, estes espaços são utilizados não para colocar o que se sente, pensa em suma, o que somos, mas sim para colocar o que gostariamos de ser.
Força na guelra...

Altar Mar disse...

Já o B., numa das longas conversas que tinhamos pessoalmente dizia que, provavelmente, o infame que escreve este blog seria uma das pessoa mais coerentes que ele conhecia(...). Seria demasiada pressunção da minha parte afirmar isso, mas dado que ambos me conhecem pessoalmente, deve ter o seu quê de verdade. Não tinha grande sentido escrever este blog e paralelamente ser um pavão como os que abundam demasiadamente por toda a parte.

Tenho apenas como objectivo partilhar mensagens e se possivel contribuir para mudar mentalidades. Como te disse anteriormente acho mais importante as ideias do que quem as transmite...especialmente no meu caso.O excesso de ego e vontade de reconhecimento público são duas das coisas que apenas os pequeninos de mentalidade procuram.

Abraço e continua com o esforço de Preservação dos Impérios e Catedrais Oceânicas ameaçados de destruição pela estupidez, ignorâcia e falta de visão de quem "toma conta" deste nosso país.

Anónimo disse...

Sem dúvida que o tempo pára, pára o tempo, pára o ego, pára tudo durante aqueles segundos mágicos...

Deixo umas palavras que um bigrider havaiano proferiu há uns anos atrás, acerca do surf em Waimea bay:

"it's almost like a car acident, where your brain is so speeded up, that time slows down" - Já senti isto no sentido literal, mas no "salão nobre" é outra coisa!

Este "slow down" aplica-se para todos, mas sem dúvida que o desprender do ego APÓS esse momento, já não é característico de todos, só dos verdadeiros "soul"... É bom partilhar, mas o que se sente é único e não pode ser transmitido por palavras...

Abraço

Anónimo disse...

Boas Altar Mar!!
Fico contente por saber que por vezes passes pelo blogue. Por acaso já tinha feito várias visitas ao teu blogue e também por acaso até tá nos favoritos!! Só não costumo comentar porque não gosto muito de polémicas e normalmente da "pano pa mangas" ou mais "telas para pranchas"!!
Mas dá para reparar que todos tem as suas ideologias próprias! o que é normal e aceitável!
Como deves saber não faço pranchas por dinheiro pois na nossa região nunca irá dar para viver para além de que tenho a minha profissão e o pouco tempo que tenho disponível é para fazer o que mais gosto surfar e estar com a minha mulher! Amo mais a vida que o dinheiro! Mas claro que faço pranchas por gosto! e gostaria mesmo que todos fizessem a sua própria prancha pois iam perceber que os preços "caros" que se praticam quando uma prancha toda ela feita à mão é perfeitamente aceitável! Mas melhor que tudo isso é deslizar numa prancha construída com as tuas mãos! Experimentem e se precisarem de dicas cá estarei
Abraço e Boas Ondas!

Altar Mar disse...

Carlos,

Sem querer ser demasido revelador (não é objectivo deste blog falar sobre o seu autor), lembro-me de um dia no "salão nobre", em que sozinhos e ápos alguns quadrados cristalinos, me perguntaste se tinha tido noção do tempo que lá tinha andado dentro (parece que foi de trás do pico até ao canal onde estavas a remar). Acho que não tive a noção, pois naquele momento o tempo parou....Pena é que essa Onda já não existe.

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Boas Tito,

Criar uma prancha com as próprias mãos ou no mínimo participar no seu processo de criação deveria fazer parte dos objectivos de um corredor de vagas. Desta forma cada prancha seria criada como algo com forma e contéudo, algo no qual depositámos a nossa dedicação, inspiração e ansiedade. Algo construido de raiz para momentos e situações especificas e por nós pensadas e desejadas.

Nesta sociedade de consumo o que ser quer é tudo pronto e "ready do go and to gone". Infelizmmente neste contexto as pranchas que compramos fabricadas industrialmente não passam de meros objectos hightech totalmente desprovidos de conteúdo que só ganham vida e alma própria àpos varias investidas Mar a dentro.

Como te disse anteriormente é extremamente importante projectos como o teu que permitam quebrar a dependência de quem surfa em relação a uma indústria que nos vê apenas como meros consumidores e ao Mar e às Ondas como mercado de actuação e fonte de negócio, sem qualquer retribuição positiva em termos ecologicos, sociais e ambientais.

Mais uma vez parabéns pelo teu projecto.