Na imagem a analogia perfeita para representar a diferença entre Soul e Comercial como formas opostas e distintas de lidar e apreender o acto de Surfar, o Mar e as Ondas.
De todos os conceitos ligados bodyboard e ao surf existem duas abordagens opostas que determinam a forma como se olha para o surfar e que, de um modo mais ou menos importante (depende de cada um), acabam por influênciar a nossa vida em relação às Ondas e ao nosso percurso de vida a elas dedicado. Os meios de comunicação da especialidade actuais (revistas e sites) têm uma certa tendência para confundir este conceitos, especialmente no que diz respeito ao soul e ao free bodyboard, que muitas vezes nada tem que ver um com o outro.
Definindo estes conceitos:
Soul Bodyboard (ou soul surfing): É a abordagem mais evoluida do acto de surfar. Entende-se neste conceito que surfar uma Onda é um acto de harmonia com a Natureza em que cada praticante se exprime técnica e pessoalmente, quase como uma dança entre Ser Humano e Onda, entre nós e o meio ambiente que nos rodeia. Este conceito engloba o espíirito original de surfar, no qual estava unicamente presente o prazer de correr ondas, e simutâneamente (dependendo das convicções e crenças de cada um) uma ligação espiritual a algo superior. O Soul Bodyboard (ou soul surfing) é um caminho que se percorre no qual as ondas são um meio para que se atinja um patamar de existência mais elevado e implica um entendimento profundo do que realmente é estar no Mar tendo as Ondas como um dos principais motivos da existência individual. Neste conceito surfar não é apenas uma das facetas na vida, mas sim a faceta mais importante que ao longo dos anos determina as decisões individuais de cada um. Um Soul BodyBoarder será necessáriamente alguém que rejeita a visão comercial e a promoção pessoal, vivendo para surfar e não do surfar, uma vez que não retira daqui divendos financeiro. Surfar Ondas perfeitas e evoluir constantemente na sua busca será o único prémio que esta abordagem pretende.
Bodyboard Comercial (ou surf comercial): Esta abordagem têm como objectivo essêncial a exploração comercial das Ondas e de Surfar ao serviço de uma marca que paga ou patrocina alguém para a representar de forma a que essa representação se traduza em receitas e retorno financeiro. Esta forma de ver o surfar está ligada, ao instinto primitivo e básico de tudo querer transformar em dinheiro e a uma mentalidade mercantil que apenas vê no lucro a sua forma de actuação. Um Bodyboarder Comercial (ou Surfista Comercial) pode ser um competidor ou um free surfer, mas seja qual for a situação está sempre a representar uma marca e a vender-se a si e ás Ondas, sendo muitas vezes este o único objectivo das suas viagens e surfadas. Quem compete e quem serve os interesses comerciais das marcas e da indústria por definição nunca poderá ser um praticante Soul.
28/02/08
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